quinta-feira, 14 de julho de 2011

palavras ecoam

Deuses são poetas
e escrevem arte para a vida
respiraram fundo
arrepiando o que existia
criou-se mundos
num susurro lento
no beco do relento

seguindo um caminho único
como num acordo íntimo com o universo
omitindo a transpiração desse mesmo verso

artes mágicas pelos séculos
espetáculos de palavras voam
as palavras não envelhecem
e as palavras ecoam

pode ouvir?

são os deuses num recital
formal deus da palavra, afinal
o coral é belo como a boreal
cria o míto, o mundo
verificando circundo
derretendo escoa
e ecoa onde tudo é criado
antes de ser fomalizado
purificam pra nós
até fazermos virar pó

vem e vai
eco que não sai
bate a porta
e vai embora
mas não se vai
vem e vai
plantada na horta
olhada torta
vem e vai
eco que não sai

os ecos dos recitais divinos
me torna o maior boêmio entre os felinos
divinos ou não, felizes crianças ! então...
Apenas... deixe fluir...
deixe sair... tudo
saia do mundo
deixe fluir...
deixe o vazio sair...
preencha-te sem o vazio
se complete...
veja-te como quiseres...
faça do seu corpo um bloco só do que puder
funda o que quiseres com o que desejar
apaga todas as indiferenças de longe vindas
e veja-te o que é...
o que gosta de ser...
veja-te o que somos...
o que somos, e o que sempre seremos !
Homens Mortos
        e os
Deuses Eternos
e como eles as nossas palavras estaram vivas
e continuaram a ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Diamante Negro

Diamante, negro então
sublime escuridão
deveras sente
sonho contente
traço aceito
infinito perfeito

mas não sei dizer somente
quero mais é lhe mostrar
o amor plantando a semente
nascendo o poeta a imaginar

que virando sua história
lança palavras pelo ar
um sorriso é sua glória
nasce a poesia do amar

falo de um dia
num momento casual
desperto uma euforia
algo fora do normal
surge a poesia
mudando o astral
a noite vira dia
destruindo todo o mal

diamantes negros flutuam pelo ar
delicado instante te levo a sonhar
e dançamos a cima do sol varias vezes
já estão além do tempo nossos seres

as luzes nos atravessam
numa cor negra elas comessam
a tornar tudo escuro de mais pra ver
e vazio de mais pra rever

e é tanto tanto
que se torna nada
nos cobre o manto
da pacífica alvorada

que brilha e resplandece
na noite ela amanhece
jogando suas cores pelos cantos do mundo
cores negras vindas de um sorriso profundo

cores tão alegres que se atraem
e se fundem de um jeito que não saem
as cores juntas do meu diamante negro
explodindo num único preto

as cores do preto
do meu diamante negro
torna tudo alto de mais pra ouvir
e grande de mais pra sentir

nada passa de um engano
só além de um oceano
que numa onda me atravessa
nem o nada está com pressa

e no meio do imenso preto
só o que brilha é o diamante negro
um brilho negro que nem o próprio breu ofusca
ou mesmo a mais clara luz... só o negro diamante...
só ele se mantém inclemente nesse instante..
navegando entre as mentes
ancorando em Ana Luísa Mendes