e escrevem arte para a vida
respiraram fundo
arrepiando o que existia
criou-se mundos
num susurro lento
no beco do relento
seguindo um caminho único
como num acordo íntimo com o universo
omitindo a transpiração desse mesmo verso
artes mágicas pelos séculos
espetáculos de palavras voam
as palavras não envelhecem
e as palavras ecoam
pode ouvir?
são os deuses num recital
formal deus da palavra, afinal
o coral é belo como a boreal
cria o míto, o mundo
verificando circundo
derretendo escoa
e ecoa onde tudo é criado
antes de ser fomalizado
purificam pra nós
até fazermos virar pó
vem e vai
eco que não sai
bate a porta
e vai embora
mas não se vai
vem e vai
plantada na horta
olhada torta
vem e vai
eco que não sai
os ecos dos recitais divinos
me torna o maior boêmio entre os felinos
divinos ou não, felizes crianças ! então...
Apenas... deixe fluir...
deixe sair... tudo
saia do mundo
deixe fluir...
deixe o vazio sair...
preencha-te sem o vazio
se complete...
veja-te como quiseres...
faça do seu corpo um bloco só do que puder
funda o que quiseres com o que desejar
apaga todas as indiferenças de longe vindas
e veja-te o que é...
o que gosta de ser...
veja-te o que somos...
o que somos, e o que sempre seremos !
Homens Mortos
e os
Deuses Eternos
e como eles as nossas palavras estaram vivas
e continuaram a ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar, e ecoar...