quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

a espera da morte

As gotas de chuva parecem cair mais devagar
a fumaça que enlouquece sobe,
e eu não consigo respirar
no chão que estremece a fortaleza ameaça a desabar
um raio de fogo sobe ao céu,
no meio do branco abre um espaço azul
e ao sul os ventos se unem, surgindo um força incomum
as pedras dispensam a força da gravidade
as águas das cachoeiras fazem o caminho contrário
na cidade das matas, relatividade da verdade
o sol se esconde no armário, eu me perco no horário
cada momento tão longo quanto a idade da terra
e encerra, enterra cada triste lembrança
não cansa, avança por onde meu espirito descança
tão somente se distrai, e a força se contrai
quando vem um empurrão num puro coração
rompendo os laços ligados com forças estrangeiras
entre figueiras, e cones de asfalto, me vendo do alto
um assalto a meus sentimentos, lento me faço forte
só, na direção do norte, nas mãos leio e faço minha sorte
escrevendo minha espera pela morte
foi numa pedra cinza...
durante uma manhã chuvosa de primavera
aqui estou a sua espera
esperei, espero, esperarei...
esperando... chegou flutando o dia
que acabei com a loucura e monotonia
aqui estou a sua espera