-girou as penas...
numa brincadeira infantil
um roda de três pontas
num gesto gentil
perdeu-se com a bussola na mão
e resolveu parar
-pra onde vc aponta ?
pro norte ?
não me mostre essa ponta
me aponte para sua sorte
-apenas...mesmo que tarde
por um caminho sutil
a bussola te encaminhará
de ansiosa a febril
num despertar lento e preciso
e começará a sonhar
-Oh! bussola dos dias infiés
mostre-me o caminho
longe dos bacharéis
perto daquele ninho
esquecer os falsos réis
acompanhada de um sozinho
-mas...ao ver o tempo correr
seu sono durou séculos
e um espetáculo amanhaceu
transbordando de flores
o leito de uma face amazônica
que acabou de acordar
como suas longas duras penas
longe dos sábios
te fizese morrer de minhas penas
nesses horarios
em que a bussola perde a direção
o norte se apresenta revoltado
destronada de sua função
e um pedido de desculpas...
o seu caminho...
a sua bussola...
nas suas costas
o olhar a pena guia
num giro da voltas
pra longe fugia
e fugiu para longe do esquecimento...
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